CADEIRINHA DE TRANSPORTE DE DOENTES
Descrição: Cadeirinha preta com risca vermelha, sendo o interior forrado a adamascado amarelo ouro. As janelas possuem cortinas amarelas. Tem ainda duas pegas de cada lado e uma à frente em tecido preto com flores cremes. Possui uma porta à frente e nas costas um monograma.Época: século XVIII Proveniência: Hospital Termal Rainha D. Leonor“ Tem para maior recato, pelos banhos serem quentes e muito sujeitos a constipações, quatro cadeirinhas e duas parelhas de homens para levarem, servindo continuamente duas de que se paga por cada caminho três vinténs fora o que se dá aos moços e saindo fora dos limites um tostão. Os limites são até à praça e que passar avante fora deles, o mesmo sucede até ao bairro do Espírito Santo.” “Notícias interessantes da Real Vila das Caldas Com alguns Mappas curiozos, no anno de 1797 e 1798″; Colecção PH – Arquivos; Dezembro de 2002
LIVRO DO COMPROMISSO – Inicio séc. XVI
Manuscrito em pergaminho, possuindo iluminuras e letras capitulares pintadas à mão. Datado de 18 de Março de 1512, é um precioso documento assinado pela Rainha D. Leonor. Encadernado em capa de carneira vermelha, com gravações douradas e dois fechos metálicos. É constituído por um conjunto de regulamentos que visavam um correcto funcionamento hospitalar. As 16 folhas do Livro do Compromisso encontram-se divididas em 29 capítulos, ao longo dos quais são referidos pormenorizadamente aspectos da vida administrativa e religiosa do Hospital, do quotidiano da instituição. Este regulamento, que tomou como modelo um hospital italiano da época (Hospital de Santa Maria de Siena ou o Hospital de Santa Maria Nova de Florença) teve como participação activa D. Jorge da Costa, Cardeal Alpedrinha, confessor e conselheiro da Rainha D. Leonor. O Compromisso do Hospital das Caldas esteve em vigor até 1775, altura em que o Marquês de Pombal o substituiu parcialmente.
TÁBUA DO ALMOXARIFE
Tábua do Almoxarife para a conta o carneiro que se dá de jantar aos enfermos do Hospital
Proveniência: Hospital Termal
Datação: Séc. XVII
Painel de azulejos, pintura azul e branco, proveniente da Copa Real do Hospital de Nossa Senhora do Pópulo. Datado de 1667-1668 representa nas colunas da esquerda a capacidade do edifício hospitalar (184 enfermos), e nas colunas da direita, o algoritmo da multiplicação de 3/4 de 1 arrátel de carneiro de ração para o jantar de cada doente. Este documento administrativo azulejar permitia ao Almoxarife cumprir com rigor e responsabilidade a tarefa da distribuição do carneiro evitando erros nas contas. O painel, pouco vulgar pela sua criatividade, encontra-se ornamentado com festões, elementos concheados, figuras femininas de pé sobre aras legendadas representando a Caridade e o Trabalho e, na parte superior é visível o escudo de D. Pedro II.
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