Julho 2014


O CHO está representado nesta exposição que inaugura hoje no MUDE!

O RESPEITO E A DISCIPLINA QUE A TODOS SE IMPÕE. MOBILIÁRIO PARA EDIFÍCIOS PÚBLICOS EM PORTUGAL (1934-1974) | MUDE

 (in Artecapital 2014-07-22)

 

 A exposição O Respeito e a Disciplina que a todos se impõe. Mobiliário para Edifícios Públicos em Portugal (1934-1974) apresentada no segundo piso do MUDE – Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo, contribui para o desenvolvimento da história do design em Portugal, dando a conhecer a produção realizada, e ainda quase totalmente desconhecida, durante o Estado Novo. Foram destacadas obras, móveis, autores e fabricantes, que contam os antecedentes e a emergência do design em Portugal e contribuem para a identificação de momentos de ruptura e para a valorização dos seus protagonistas permitindo a sua salvaguarda patrimonial. Quase sem excepções, esta é a primeira vez que entram num Museu. Uma parte destes exemplares encontrava-se ainda em uso, a maioria, porém, fora descartada. São apresentadas no estado de conservação em que foram encontradas, sem qualquer operação de restauro. As marcas de uso, as cicatrizes, os remédios improvisados, revelam materiais e processos de construção que de outro modo não seriam visíveis.

A exposição nasce do projecto de investigação “Móveis Modernos. 1940/1980”, do Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, que teve o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e a cooperação do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana.
A exposição dá a conhecer a acção desenvolvida pela Comissão para Aquisição de Mobiliário (CAM), oficialmente criada no seio do Ministério das Obras Públicas e Comunicações em 1940, com o objectivo de concentrar as tarefas relacionadas com os “estudos e aquisições de mobiliário destinado a novos edifícios do Estado e outros que sejam objecto de obras de ampliação e transformações profundas” (Decreto-Lei n.o 30359, 6.Abr.1940). A CAM esteve em funcionamento ao longo dos quarenta anos seguintes, contribuindo de um modo decisivo para modelar a paisagem interior de edifícios representativos do Estado, em escalas e valências diversas e em toda a extensão do território português metropolitano, estabelecendo padrões de funcionalidade e de orientação estética com uma carga ideológica evidente.
Para uma melhor compreensão deste período e da acção do CAM, apresenta-se o enquadramento institucional deste projecto, as principais obras, autores e empresas, articulando o mobiliário com material documental e iconográfico.

 

Comissariada pelo Arquitecto João Paulo Martins, com Design Expositivo dos Pedrita e Design Gráfico de Nuno Caniça, a exposição apresenta cerca de 100 peças de mobiliário e está organizada em quatro núcleos principais:

1. A atração internacionalista
2. Um estado conservador e totalitário 
3. Com o movimento moderno
4. Móveis-tipo

Os três primeiros núcleos da exposição mostram diferentes orientações estéticas e ideológicas que se materializaram em projetos de mobiliário destinados a edifícios concretos e o quarto núcleo reúne peças concebidas para cumprir determinados tipos de funções, sem que tivessem um edifício único como destino.

Esta exposição contou com a colaboração de várias instituições, entre as quais, a Biblioteca Nacional de Portugal, o Centro Hospitalar de Lisboa Central, a Cinemateca Portuguesa, o Espólio da Fábrica de Móveis Olaio, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a Fundação Calouste Gulbenkian / Biblioteca de Arte, o Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, o Palácio Foz e muitas outras escolas, institutos, museus e hospitais.

 

 

No âmbito desta exposição, será publicado um livro profusamente ilustrado com ensaios realizados por investigadores e especialistas que têm vindo a trabalhar sobre o universo da arquitectura, do design da história de arte e, em particular, da temática da encomenda pública em Portugal neste período. Contamos por isso com ensaios de Marta Prista, Carlos Bártolo, Alexandra Alegre, Ana Tostões, Ana Pascoal, José Avelãs Nunes, João Pardal Monteiro, Susana Lobo, Joana Brites.
 

 

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O RESPEITO E A DISCIPLINA QUE A TODOS SE IMPÕE. MOBILIÁRIO PARA EDIFÍCIOS PÚBLICOS
EM PORTUGAL (1934-1974)

MUDE – Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo
Piso 2
24 Julho – 2 Novembro

www.mude.pt

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Próxima acção dia 9 de Agosto!

Inscrições abertas!!!!

 

 

 

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