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O Museu do Hospital e das Caldas associa-se à Festa da Cerâmica 2022, e à Câmara Municipal de Caldas da Rainha, promovendo nos próximos dias 15 e 29 de Junho visitas guiadas ao seu património.

Durante esta período serão destacadas algumas peças cerâmicas da colecção do Museu, bem como alguns dos revestimentos azulejares da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo e Capela de São Sebastião.

Para mais informações: 262830774 ou mushospcaldas@choeste.min-saude.pt

HANSEN STORIES – UMA EXPOSIÇÃO QUE CONTA HISTÓRIAS EM TORNO DE UM HOSPITAL E DE UMA DOENÇA*

O Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais (CMRRC-RP) foi criado em 1996, na sequência da extinção do Hospital Colónia Rovisco Pais (HCRP). Herdou todo o património da antiga Leprosaria Nacional e o dever de assistir os ex-doentes que ali continuaram a residir após a alta clínica. Desta herança nasceu a ideia, seguida por várias administrações, e sonhada por vários funcionários e ex-doentes de criar um espaço museológico.

Nos últimos anos, o CMRRC-RP, tem desenvolvido atividades de recuperação do património arquivístico, bibliográfico, fotográfico, científico e médico do antigo Hospital e recentemente abriu ao público, numa das alas da antiga capela o Núcleo Museológico do Hospital Colónia Rovisco Pais (NMHCRP).

No decorrer deste processo, tornou-se evidente a necessidade de adotar uma estratégia holística de recuperação e revitalização do património face a uma instituição (HCRP) com uma missão abrangente, em torno da qual gravitavam uma multiplicidade de histórias, vivências diversas e um conjunto considerável de fragmentos do passado. Foi neste contexto, que surgiu o projeto “Rovisco Pais old leprosy – a museological nucleus and storytelling website”, desenvolvido com o apoio da Sasakawa Health Foundation (SHF) – fundação japonesa que colabora com Organização Mundial da Saúde no combate à doença de Hansen em todo o mundo –, através do qual se deu início à partilha e divulgação pública de um legado singular, através do storytelling e da museologia. E, no âmbito deste projeto, foi concebido o website Hansen Stories, composto por uma coleção de memórias de ex-utentes e ex-funcionários do HCRP, recolhidas através de técnicas de história oral. A exposição Hansen Stories surgiu como uma das faces visíveis daquele “projeto centrado na memória das pessoas que o viveram”[1]. Nela se exibem catorze histórias orais inéditas, que revelam “na primeira pessoa” diferentes vivências em torno de uma doença e de um hospital.

O Hospital Colónia Rovisco Pais foi inaugurado em 7 de setembro de 1947 e adotou o nome do benemérito, que, deixando a sua herança aos Hospitais Civis de Lisboa, possibilitou a sua construção. Era um hospital especializado no tratamento e investigação da doença de Hansen, hanseníase ou lepra e a sua criação ocorreu num contexto de surgimento de hospitais especializados e de adoção de políticas de confinamento dos doentes contagiantes como forma de profilaxia[2], que, a médio prazo, originou a ascensão da leprologia moderna e a medicalização da doença. Possuía capacidade para cerca de mil doentes e a sua ação tinha uma abrangência nacional. Representou, na altura, um singular e importante projeto de saúde pública, e teve um papel decisivo na quase erradicação da doença em Portugal.

Implantado na Quinta da Fonte Quente (Tocha – Cantanhede), uma grande propriedade com cerca de 140 hectares, onde se situava uma antiga estância de férias dos frades crúzios, o HCRP beneficiou de um local amplo e abrigado, com uma lagoa, e condições ideais para uma colónia agrícola, que possibilitou a almejada autossuficiência. Por outro lado, situava-se próximo das regiões mais endémicas, os distritos de Leiria, Coimbra e Aveiro.

A sua estrutura e organização pavilhonar seguiu as orientações do relatório da Comissão da Lepra (1934-1938), dirigida pelo Diretor-Geral da Saúde, Dr. José Alberto Faria. O projeto, desenhado pelo arquiteto Carlos Ramos, contou com os contributos do modelo de medicina social, defendido pelo Professor Bissaya Barreto, presidente da respetiva Comissão de Obras, desde 1940, que, aquando da sua inauguração, o descrevera como uma “verdadeira lazorapolis, povoação moderna e higiénica, com tudo o que é preciso para tornar atraente a vida daqueles que renunciaram aos seus direitos sociais pelo benefício da coletividade”.[3] E, de fato, esta aldeia terapêutica, com condições de grande qualidade passou a ser a residência de centenas de doentes contagiantes, que a legislação portuguesa, por questões profiláticas, obrigou ao internamento. Ali dispunham de um hospital para 74 doentes; dois asilos para 90 doentes, cada, seis casas para 150 doentes com capacidade de trabalho; cinco núcleos familiares com casas para 270 doentes, capela; conventinho para a comunidade de Irmãs Filhas da Caridade, de S. Vicente de Paulo; serviços centrais, com cozinha e lavandaria; serviços administrativos e de assistência social e oficinas para doentes. Para as crianças dispunha de uma creche e preventório e para os funcionários um bairro residencial.

Neste Hospital-Colónia, a assistência aos doentes de Hansen abrangia aspetos educativos, profiláticos, terapêuticos e de reabilitação, assegurados pelos serviços clínicos e sociais. No domínio da assistência clínica, os doentes eram acompanhados por diversas especialidades, como nos deu conta a Enfermeira Mavilde Melo[4]. Além da dermatologia, existiam especialidades como a oftalmologia, a estomatologia, a otorrinolaringologia, a psiquiatria, a radiologia, a ginecologia e obstetrícia, a cirurgia geral e plástica, a que se juntavam tratamentos de fisioterapia efetuados no serviço de recuperação. O laboratório era uma peça essencial neste sistema, pois era o único a realizar testes para detetar o bacilo de Hansen e a produzir a lepromina, teste criado pelo japonês Mitsuda que permitia a identificação do tipo de lepra de um doente e o grau de imunidade ao bacilo em pessoas sãs. Sobre este serviço, nos elucidam as memórias partilhadas pelo Sr. Jorge Raínho, último funcionário do laboratório[5].

A par dos serviços clínicos internos, o HCRP dispunha de um importante serviço externo, assegurado pelas Brigadas Médicas, de que o Enfermeiro Mário Bexiga partilhou algumas recordações[6]. Eram compostas por um conjunto de profissionais de saúde e de serviço social, que percorriam o país, fazendo o rastreio de novos casos, o acompanhamento clínico e social dos conviventes de doentes conhecidos, ou de doentes que se encontravam nos seus domicílios. O seu principal objetivo era a identificação precoce dos novos casos de forma a iniciar o tratamento, o mais rapidamente possível, e assim evitar a existência de situações avançadas da doença, como as que se verificavam nos primeiros doentes internados no hospital. O trabalho destas equipas permitiu o conhecimento, no terreno, das condições dos doentes e do evoluir da doença, o recenseamento exaustivo dos doentes e a clarificação de alguns casos que tinham sido mal classificados no inquérito realizado pela Comissão da Lepra. O esforço resultou na identificação de 2.765 doentes de Hansen em Portugal até 1962, ou seja, quase o triplo dos que eram conhecidos e registados na Direção- Geral de Saúde quando o HCRP acolheu os primeiros doentes, em Outubro de 1947.

A introdução da sulfonoterapia, sobretudo a partir de 1955, criou condições para o gradual controlo da doença e a concessão de altas provisórias. Muitos doentes com lepra lepromatosa[7] puderam regressaram assim às suas residências, beneficiando de tratamento de reforço, fornecido gratuitamente. Contudo, era necessário garantir que o mesmo era corretamente efetuado, para evitar reinternamentos. Para o efeito, foi criado o Serviço de Enfermagem Domiciliária do HCRP, a partir de 1962, detalhadamente descrito pelo Enfermeiro Elias Paiva nas suas memórias[8].

No Hospital-Colónia os dias dos doentes eram pautados por rotinas da assistência clínica permanente e incluíam tratamentos, pensos, análises ou consultas. Aos domingos, podiam receber visitas e consoante a evolução do tratamento e o resultado das análises poderiam beneficiar de licenças ou altas provisórias, para irem a casa, visitar a família. Mas os internamentos prolongados, por um lado, e a existência de doentes com relativa autonomia, por outro, possibilitou o desenvolvimento de atividades de reabilitação educativa e profilática, de formação dos doentes, quer através da escola de adultos, quer através das oficinas e brigadas de trabalho e de atividades lúdicas materializadas em novas formas de terapia – a ergoterapia e a ludoterapia. O Serviço Social e a comunidade religiosa que residia no conventinho eram dinamizadoras destas atividades que potenciavam a sociabilidade na comunidade hospitalar, como referem as memórias partilhadas pela Irmã Maria Emília Bernardino[9] e pela auxiliar de serviço social, D. Maria Emília Monteiro Pais Alves[10]. Os doentes que podiam e queriam trabalhar, recebiam pelos serviços efetuados e com as quantias ganhas podiam ajudar as famílias, ou amealhar, para o recomeço de vida, quando tivessem alta hospitalar. Fernando Gomes, ex-doente, trabalhou como sapateiro, e contou o seu percurso na que ainda hoje é a sua casa[11].

Todas estas dinâmicas, que têm vindo a ser relatadas pelos entrevistados, nas suas memórias, contribuem para a preservação da história da última Leprosaria Nacional[12]. Considerada modelar pela comunidade internacional, como assinalou o Dr. Vítor Santos Silva, quando recordou o primeiro diretor daquele hospital, seu pai[13], foi elogiada, da seguinte forma por Raoul Follereau: “O Hospital Rovisco Pais é a mais bela instalação da luta antileprosa que tenho encontrado no mundo.” (…) Já fiz 17 vezes a volta ao Globo nesta missão de pugnar por tudo quanto diga respeito ao bem-estar dos leprosos. E nunca vi nada assim.[14]

As stories que integram a exposição Hansen Stories acrescentam perspetivas à história, fazendo-nos imaginar o que seria o quotidiano no Hospital Colónia Rovisco Pais. E, como quase todas foram recolhidas numa fase de confinamento, e apontam paralelismos entre o que se verificou com a lepra e o que vivemos com o Covid19, constituem importantes elementos para uma reflexão bastante atual em torno da forma como o ser humano encara a doença. Este terá sido também um aspeto positivo na adesão surpreendente que esta exposição itinerante tem verificado, a qual já tem pedidos de reserva até ao terceiro trimestre de 2022[15].

*Cristina Nogueira (CulturAge)

Curadora da exposição Hansen Stories e do Núcelo Museológico do Hospital Colónia Rovisco Pais


[1] Do discurso de inauguração do NMHCRP, proferido por Isabel bento, presidente do CA do CMRRC-RP.

[2] A lepra ou doença de Hansen como também é designada, foi durante muito tempo considerada uma doença contagiosa e hereditária. Apenas com a descoberta do seu agente etiológico – o mycobacterium leprae, por Gerhard Hansen em 1873, passou a ser identificada como uma doença microbiana.

[3] Bissaya Barreto. Quinze anos de obras públicas. Lisboa: Ministério das Obras Públicas, 1947.

[4] https://www.hansen-stories.pt/mavilde-enfermeira-de-corpo-e-alma/

[5] https://www.hansen-stories.pt/laboratorio/

[6] https://www.hansen-stories.pt/mario-de-miudo-a-enfermeiro-2/

[7] O tipo de hanseníase mais prevalente naquela época em Portugal.

[8] https://www.hansen-stories.pt/elias-enfermagem-sobre-rodas-2/

[9] https://www.hansen-stories.pt/irma-emilia-e-as-filhas-da-caridade-na-tocha/

[10] https://www.hansen-stories.pt/maria-emilia-e-o-servico-social/

[11] https://www.hansen-stories.pt/fernando-e-a-sua-segunda-casa/

[12] Continuamos a recolher testemunhos através da Campanha Hansen Stories – https://www.hansen-stories.pt/campanha/

[13] https://www.hansen-stories.pt/memorias-do-dr-santos-silva/

[14] Entrevista dada ao Diário de Coimbra em 1957 por Raoul Follereau (1903-1977), incansável protetor e reabilitador dos hansenianos, que visitou o Hospital Colónia Rovisco Pais em 1958 e 1967.

[15] Para reservas desta exposição: https://www.hansen-stories.pt/exposicao/

Centro Hospitalar do Oeste E.P.E.

Resenha Histórica

O entendimento daquele que é hoje o complexo patrimonial em que se enquadra do Centro Hospitalar do Oeste Norte, E.P.E., só é possível à luz do conhecimento histórico e conjectural que motivou, não apenas o surgimento desta instituição, mas também o seu modelo de gestão ao longo dos tempos.

Ainda que de origem recente, o Centro Hospitalar Oeste reúne instituições cuja história da assistência em saúde nos deixam legados patrimoniais que se confundem com a história dos próprios núcleos urbanos onde estão inseridos.

Pela portaria nº 276/2012, publicada em Diário da República, foi criado o Centro Hospitalar do Oeste, passando a assumir-se em pela portaria nº 115/2018, como Centro Hospitalar do Oeste E.P.E., integrando o Centro Hospitalar de Caldas da Rainha e com ele o Hospital Termal Rainha D. Leonor, o Hospital São Pedro Gonçalves Telmo de Peniche e o Hospital Distrital de Torres Vedras que englobava o então Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior – antigo Sanatório do Barro.

Tendo por base a fundação daquele que é considerado por Augusto da Silva Carvalho, como o primeiro Hospital Termal do Mundo – Hospital de Nossa Senhora do Pópulo, propõe-se uma abordagem integrativa que se alarga na história da saúde na europa, posicionando Caldas da Rainha, e a região Oeste, a par do Hospital de Todos os Santos e dos grandes e inovadores Hospitais do Renascimento Italiano.

A promoção da saúde não se extingue na fundação deste hospital e na originalidade da sua proposta de gestão, habilmente criada pela Rainha D. Leonor. Prolonga-se ao longo dos tempos, através de soluções inovadoras, como o Hospital de Santo Isidoro já no Séc. XIX, dando resposta às premissas de cuidados de saúde que se faziam sentir então, e às necessidades da população local.

Se a saúde do corpo foi amplamente tratada, a saúde da alma não foi descurada. É disso exemplo a construção da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo assegurando o tratamento espiritual dos doentes ou, mais tarde, o Parque D. Carlos I com todas as actividades lúdicas que animavam os que às Caldas da Rainha se vinham tratar.

Nas proximidades, os banhos de mar surgiram como forma de bem-estar, animando o corpo a curar-se nas águas salgadas, e implementando o hábito social de ir a banhos à praia nos inícios do Século XX. As magníficas praias de Peniche são, disso, exemplo.

Embora o Hospital S. Pedro Gonçalves Telmo seja relativamente recente, a história da assistência em Peniche é bem mais antiga, devendo-se a fundação do primeiro hospital à Confraria do Corpo Santo, em 1617.

Será em 1626, com a fundação da Misericórdia de Peniche, que a Irmandade de São Gonçalves Telmo, num gesto de profunda solidariedade, coloca o recente hospital à disposição da nova obra social, garantindo assim os apoios sociais e de saúde a todos os necessitados, bem como o patrocínio cultural para a Igreja vizinha, dos magníficos quadros de Josefa de Óbidos e de seu pai, Baltazar Gomes Figueira.

Por volta de 1831 as instalações do primitivo hospital encontravam-se bastante degradas, tornando-se necessário remodela-las para que as obrigações assistenciais pudessem ser cumpridas, o que acontecerá em 1930.

Afirmando a sua importância na história da saúde em Portugal, será em Peniche que se cria aquele que foi o primeiro Centro Cirúrgico do distrito de Leiria e um dos primeiros instituídos no país. É neste contexto, que será realizada, em 1954, uma intervenção marcante pela sua inovação: “Ferida do coração operada no Hospital de Peniche”, pelo Dr. Simões Moita.

Se a Rainha D. Leonor se constituí como elemento agregador de todas estas unidades hospitalares, na medida em que a Ela se deve a fundação das Misericórdias Portuguesas, também a Ordem de Santa Maria de Rocamador encontra na história do Centro Hospitalar do Oeste lugar de destaque.

A esta ordem se devem as primeiras explorações das águas termais nas Caldas da Rainha, mas também a constituição daquele que será o hospital mais antigo de Torres Vedras, o Hospital de Santa Maria de Rocamador, que se localizaria nas dependências da antiga ermida de N.S.ª do Ameal. Dever-se-á esta obra à Rainha D. Isabel, em 1310. O mesmo viria a ser entregue, em 1337 à Confraria dos Alfaiates.

Segundo o Compromisso do Hospital de S. Geão, no ano de 1359 “decidiram os sapateiros da então vila de Torres Vedras construir um hospital e uma ermida dedicadas ao seu santo protector, S. Julião ou, mais popularmente, S. Gião”

Já no século XVI, com a fundação da Misericórdia de Torres Vedras, e por ordem de D. Manuel em 1520, serão transferidos todos os bens da Confraria, entre eles, o Hospital do Espirito Santo, entretanto anexado. Será ainda, em 1859 anexado o Hospital do Machial. Objectivando melhorar as condições de assistência, será em 1943 inaugurado o novo edifício do Hospital ao serviço da Misericórdia, onde se encontra até aos dias de hoje.

A história cruza-se de forma geral na assistência e na saúde, no entanto, é na vertente de tratamentos respiratórios que confluem pontos comuns entre Caldas da Rainha e Torres Vedras, através do Sanatório do Barro.

Apesar de a sua criação remontar a 1956, a referência às suas qualidades como local de recuperação para os “fraquinhos do peito”, remonta à época da construção do primeiro edificado, em 1570, e reedificado em 1619. Fazendo consolidar a vertente assistencial que sempre se associou a este local.

A sua função inicial, religiosa, manteve-se ao longo da sua história, e apenas será rebatida com a implementação da república em 1910, com a inauguração em 1912 do Asilo Elias Garcia.

Após um período de abandono, devido às más condições do edifício, será então remodelado para instalação do Sanatório em 1956, funcionando até aos anos 90, altura em que é criado o Hospital José Maria Antunes Júnior, em homenagem ao seu administrador. Este seria integrado no Centro Hospitalar de Torres Vedras em 2001.

Com todo o exposto, é certo que o Centro Hospitalar do Oeste. E.PE. agrega na sua génese uma vasta área territorial e histórica, mas também uma complexa rede de bens patrimoniais, redes assistenciais e de cuidados de saúde que constituem memória de toda uma região.

A perpetuação da memória histórica que se traduz nos diversos bens á guarda desta instituição, é instrumento essencial para o cumprimento dos objectivos a que se propõe, sendo que o seu conhecimento contribuirá, em ultima análise, para um melhor entendimento da tarefa de cada um de nós nesta missão.

Caminhamos hoje objectivando uma perspectiva global, que parte das vicissitudes históricas e com as particularidades de cada uma das três comunidades hospitalares, que constituem o CHO, para a construção de uma unicidade potenciada pelo vasto conhecimento e experiencia na assistência e na saúde em Portugal, afirmando-se seguramente nos anais da história da saúde na europa.

Embora alguns dos bens patrimoniais não se encontrem no presente sob a administração do CHO, continuam indissociáveis na sabedoria e conhecimentos adquiridos por todos. Importam por isso constar como elementos parceiros na edificação do futuro, conferindo a cada um deles, em particular, e à história de toda a região, no geral, um sentido mais vasto e uma garantia de futuro alicerçada pela importância histórica que têm.

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